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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Óla e adeus

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Esta é uma mensagem a todas as almas perdidas que vêm parar a este blog: este recanto está estagnado desde o ano passado mas não morreu e espero que em meados de Setembro volte com maior vigor que nunca. Falta o tempo, mas não as ideias ou o gosto pela escrita. O tanto que me apetece escrever e desabafar sobre algumas coisas que de certo modo fazem com que algumas pessoas que estão aí desse lado não se sintam solitariamente tão neuróticas, obsessivas ou paranóicas quanto eu na altura da defesa da tese, apenas me consome a alma e os nervos pensar que deveria estar a produzir o meu manuscrito em vez deste blog. Até lá aguenta coração.

O Salvador amou por todos os portugueses que não o amaram

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As edições deste ano do Festival da canção e da Eurovisão (sim, porque são coisas diferentes, um precede o outro, o primeiro é o evento nacional e o outro internacional) foram as mais mediáticas, polémicas, escrutinadas, comentadas de sempre em Portugal e ontem fizeram história.

 

O Salvador tem toda a razão no que diz, a música importa e muito. Alheando tudo, a figura do interprete, o seu aspeto, look, presença em palco, estar no contexto do Festival da canção sempre muito depreciado e focando-nos apenas no arranjo musical, na letra e na voz, "Amar pelos dois" é um mau tema? Não mesmo, o instrumental é simples, suave, a mim, transmite-me classe, à partida considerada pouco festivaleira, não há cá quizombadas, ritmos latinos, folclores e pimbas à mistura. A letra é linda, com (finalmente!) algum conteúdo, com uma mensagem tão simples e universal como o desgosto com um grande amor que acabou e uma das partes suplica pelo regresso da amada, comprometendo-se a dar todo o amor necessário para sustentar a relação. É mesmo isto, e quem ainda não se tinha apercebido disto por favor vá ler a letra como se de poesia se tratasse. Como algumas vezes acontece não é nenhum guia turístico nem relato dos grandiosos feitos históricos portugeses em tempos áureos. O que é que nos fez desacreditar no tema foi a figura de parvo, atadinho e desengonçado do Salvador (mas eu conheço e gosto muito dos parvos atadinhos, têm sempre uma visão inconvencional e alternativa do mundo, mais atinada do que possamos pensar). Ajuda a compor esta figura a roupa de moda já ultrapassada e alguns tamanhos acima, à mãe do Salvador, a responsável pelo figurino apenas deixo o seguinte conselho, minha senhora, volte para a multinacional de onde nunca devia ter saído, claramente não tem jeitinho nenhum para a costura. Tem ainda aqueles alanques e mexericar de dedos característico dos vilões dos filmes da Disney quando estão a magicar alguma. Toda a estranheza da coisa nos fez querer espetar um garfo nos olhos. E enquanto nos focamos nestas distrações para retirar matéria-prima para as piadinhas maldosas e sarcásticas poucos foram os que se mantiveram focados e não se deixaram enganar. Eu estranhei e muito ao ver aquela atuação.

 

O Salvador não ganhou o Festival pela vontade generalizada dos portugueses, foi garças, como agora verificámos e mesmo custando muito a alguns temos de admitir, à vital mudança do sistema de votação, que incorpora a votação de um júri com membros do showbiz. Foi este pequeno grupo de pessoas que mudou o nosso destino, contrariando o histórico de representantes vencedores com prestações desastrosas e pindéricas na Eurovisão. Desde o início, antes do Salvador ganhar, ainda durante as semi-finais o público contestou todo o evento. Os portugueses não tinham poder nenhum na escolha do vencedor, o júri desrespeitou e contrariou toda a nação (benditos deles agora), choveram criticas aos membros do júri e à estação pública, é sempre a mesma coisa, a história iria repetir-se, já nem valia a pena esperar mais para ver o desenrolar da coisa, e todo o blá blá blá de sempre.

 

Mente poluída

Muito descontraidamente deambulava pela Zara, passava a mão pela roupa, puxo pela ponta para relevar uma peça e outra, e outra, ..., o quê, (es)pera lá, isto parece, oh mas é mesmo não é (olho em volta), mas será que mais ninguém vê o mesmo que eu?

 

  

Resposta )

 

O cliente não recebe o que quer só que convém

Ontem fui às compras ao Pingo Doce, o estabelecimento comercial mais próximo da Praça da República em Coimbra, porque de resto nem uma misera mercearia. Queria fiambre e queijo, mas como esta semana fico cá poucos dias, não tenho muito tempo para comer tudo, o bastante conteúdo das embalagens iria estragar-se mais rapidamente. Então decidi tirar a senha para a charcutaria. Pedi muito explicitamente cinco fatias de queijo Limiano e quando com alguma rudeza na voz a funcionária me perguntou se queria fiambre pedi de peru da Isidoro. Quando cheguei a casa, enquanto guardava as coisas li o que dizia na etiqueta de cada um, queijo mimosa e fiambre pingo doce. Eu bem que pensei, então mas o queijo não costuma ser redondo, hum se calhar o de fatiar é mesmo retangular, também quando vi a funcionária a pegar em fiambre que pelo aspeto me parecia ser da perna perguntei se tinha a certeza que era aquele, mas era, o do lado, de muito melhor aspeto semelhante ao de peru afinal era de frango, meia desiludida, aceitei o que achei ter pedido. Mesmo que não houvesse as marcas que pedi especificamente era obrigação da funcionária dizer-mo para que pudesse escolher de entre o que houvesse e não dar-me o que ela queria a seu belo prazer. Ou o que eu penso que realmente aconteceu foi que a senhora não se quis incomodar a ter de partir o que eu tinha pedido e porque sou nova achou que devia ficar com o que ela me decidisse dar, sem direito a esquisitices. Confiei na senhora porque até à data nunca me tinham enganado.    

 

O Pingo Doce é bem capaz de ser agora o supermercado mais detestado por mim, qualidade duvidosa dos frutos e legumes com alfaces embaladas a escorrer água (que mostra que são mais propicias a ter bichinhos escondidos entre as folhas), cenouras partidas, rachadas e secas e uvas esmagadas, foram as piores coisas que já me passaram pelas mãos e agora também uma funcionária desrespeitosa, preguiçosa, antipática e incompetente. Da próxima vez só me aproximo da charcutaria em necessidade extrema e de olhos bem abertos para não admitir mais trapaça. Pingo Doce, está mais é para Pingo Azedo!

Óscares 2017: Red carpet - o melhor

E chegado ao topo, não quer dizer que isto sejam só belezuras e todos os ooks irrepreensíveis, nada disso, alguns têm todo o mérito de pertencerem à listam outros apenas se safaram melhor que os outros das restantes categorias. Cheira-me que isto é pela falta de grandes estrelas e divas do red carpet, por onde andam Cate Blanchet, Naomi Watts, Kate Winslet, Julianne Moore, Olivia Wilde, Jennifer Lawrence, Sofia Vergara, ... ahm, ahm. Ah pois é falta aqui muita gente capaz de sambar na cara destas todas, por isso mesmo este ano esta categoria está muito mas muito fraquinha.

 

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Chrissy Teigen em Zuhair Murad Couture. A modelo é sempre um exemplo a seguir com os olhos bem coladinhos, nunca me dececiona. Adoro tudo, assim que pus a vista em cima deste look, sabia que dificilmente viria outro que o destronasse, este é mesmo talvez o melhor da noite.

 

Óscares 2017: Red carpet - o assim assim

Aqui é o limbo dos looks da gala, tem qualquer coisa de mau no bom ou de bom no mau que os afasta de um dos extremos. Outros, poucos, são simplesmente demasiado banais ou previsíveis.

 

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Halle Berri em Atelier Versace Couture. Este vestido é mesmo a cara da marca, já há uns tempos que a Versace não surpreende com designs que fujam deste emaranhado de tecido à volta da cintura em direções aleatórias. Não é nada de novo, a Halle também já usou modelos mais favorecedores, gosto da adesão ao movimento da liberdade aos cabelos Afro (que se sentou atrás dela é que não deve ter gostado tanto).

 

 

Óscares 2017: Red carpet - o pior

Eu gosto sempre de começar pelo pior em tudo, primeiro para que passe rápido e depois porque fico com o gostinho do melhor para o fim. Apesar de nestes últimos anos isto não ter sido um manjar para as vistas. Nesta secção também não há grandes esbardalhanços, anda tudo muito morno e requentado.

 

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Leslie Mann em Zac Posen. Adoro esta atriz, mas na indumentária ela é como o vento, às vezes acerta outras dá-lhe a loucura de sair de casa nestes preparos. Alguém que faça o favor de a avisar que as audições para o filme da Bela e o monstro já acabaram há muito tempo, o filme já foi feito. A Alicia Vikander tentou esta proeza o ano passado e também não conseguiu nada. Pelo menos este amarelo sempre é mais bonitinho que o outro.

 

A noite mais esperada do ano

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Eu sou muito fã de cinema, e como qualquer entusiasta que se prese eu adoro os Óscares, não, mais do que adorar eu sou fanática. A hora da subida do pano está quase aí e eu estou em pulgas. Não é só a mais prestigiada gala dos maiores galardões cinematográficos, é todo um evento. Começa logo pelo desfile de estrelas na red carpet personificando o glamour, o discurso de abertura é sempre divertido, atual e cheio de criticas à sociedade e até à própria academia (num pouquinho de roast), há sempre referências e momentos de paródia aos filmes nomeados e bons momentos musicais. E depois temos o anúncio dos vencedores, temos sempre a esperança de acertar nos vencedores ou ver reconhecido o talento dos artistas que veneramos. Mais recentemente os Óscares tornaram-se o palco para inflamados discursos de causas e valores sociais, este ano penso que tome um rumo mais político. 

 

Para mim, o mês de fevereiro foi muito trabalhoso, aliás, ainda está a ser, entre resmas de apontamentos para estudar para o teste da próxima quarta-feira, e infelizmente não consegui ver nem metade dos filmes nomeados, o que me está a dar uma urticária que ninguém sabe. Vi "Arrival", nomeado para melhor filme e "Animais noturnos", que não estava nomeado na categoria principal, ainda estou à espera de tempo para fazer as reviews, porque já se sabe que depois da gala muita gente anda atrás do que vale ou não a pena ver. De resto estou por dentro das histórias, dos atores e das nomeações de cada um, mas não posso fazer os habituais palpites ou julgar o mérito dos vencedores.

 

O que de certeza que não vai falhar sou eu coladinha à televisão do início ao fim a cometar a red carpet, os melhores e piores momentos pela noite dentro, mesmo que isso me custe uns olhos de panda na manhã seguinte.

O fim da Cristina

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Não é segredo nenhum que não sou grande fã da revista da Cristina. Eis que o projeto chega ao fim este mês, dois anos depois do seu lançamento, envolto no que os jornais e revistas chamam de "polémica". Na verdade a palavra certa é mistério, as razões do fecho não são conhecidas. A editora da revista destaca os bons números de vendas, e o contentamento com a parceria, então porquê o fecho? A imprensa cor-de-rosa fala-se de salários em atraso, despedimentos e guerras com a editora. Parece-me que os motivos nunca irão ser revelados, aconteceu o que tinha de acontecer, ponto. Para os envolvidos na publicação e para muito do público acredito que tenha sido muito satisfatório.

A apresentadora joga a bola para a frente sem lamúrias "E se isto acabar? O que vier será melhor". Sigam o exemplo de quem sabe. Enquanto que por cá se especula a Cristina curte, num timing perfeito, umas férias luxuosíssimas na Tailândia, desembolsar quase setecentos euros por dia não é para todos (queria eu ter amigas assim para me levar para destinos destes).

Entretanto já foi revelada a capa da última edição. O rei do Carnaval português, Alberto João Jardim é a última figura de destaque numa capa bem alusiva ao tema, com muita classe e imponência. Não seria das minhas primeiras apostas. Esperava o fechar de um ciclo uma introspeção, um rewind do que foram estes dois anos, com a Cristina apresentadora e a equipa da Cristina revista (há que especificar).