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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Dia lindo

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Hoje é dia do sorriso, comemora-se mais que uma expressão facial, esta é a mais simples e rápida forma de comunicação. Porque há um significado por detrás de cada vez que esticamos ou contorcemos os cantos da nossa boca. E a melhor forma de o explicar é com este texto, o melhor texto de Saramago que já li, ficou gravado estes seis anos na minha memória e hoje fui repescá-lo.

 

 

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Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.
O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.
Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.

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 José Saramago

 

Para além dos tipos de sorrisos há os sorrisos de cada um, os próprios de cada um de nós e aqueles que dedicamos a diferentes pessoas.

 

Rir é um estado de espírito, mas sorrir é um estado de alma, porque como concluo de Saramago, nem sempre precisamos de sorri para o estar a fazer internamente.

Confesso-me desiludida

Porque

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eu prometo não contribuir muito para a coisa.

 

A série cuja chegada mais aguardava este ano era Game of Thrones. Era IMPOSSÍVEL, com aquele final, qualquer fã não ter ficado quase careca de tanto arrancar cabelo, por ter de esperar meses para saber o que iria acontecer em seguida. Já andava a comer a carne dos dedos,normalmente veria o episódio directamente da HBO, em live stream, mas sou notívaga e não vampira, uma pessoa precisa de dormir e não da para ficar acordada até as cinco da manha. Mesmo assim vi o episódio pirata ainda antes de ser transmitido no Syfy.

 

Com o melhor último episódio de qualquer série que eu já vi, a expectativa era grande e este primeiro episódio soube-me a pouco, não houve grandes revelações nem desenvolvimento da história. Ainda hoje vejo notícias, comentários, reacções e memes fresquíssimos da reacção à cena final. O título criou teorias do uso da magia da Red Woman para dar um jeitinho nos corações dos fãs e trazer Jon Snow de volta à vida. O que na verdade aconteceu foi uma revelação relativa à personagem que para mim não foi nenhuma surpresa. A Melissandre é uma bruxa. Isso só é claro para mim? Só eu é que a classifico assim? E com a minha experiência de anos de contos de fadas envolvendo bruxas sei que se apresentam aos outros nunca revelando como realmente são, o que está por baixo da magia.

Obras de arte no roupeiro

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 Não sou propriamente fashionista mas adoro manter-me a par das colecções das grandes marcas de moda. Por um promenorzinho, o corte da peça, o estilo, tiro-lhes logo a pinta e sei de que árvore veio o fruto. Aos estilistas não lhes conheço cara ou nome, também não estou a par do mercado de transferências entre grifes.Encaro estas peças de roupa, calçado e acessórios da mesma forma que vejo as pinturas dos mais famoso mestres. Há muita gente podia pintar igual ou melhor? Podia, mas não seria a obra de um Pablo Picasso, Salvador Dali, Gustav Klimt, ou nada que o valha. É arte, é lindo, mas não é para o meu bolso. A importância das marcas como Channel, Louis Vitton, Dior, Versace, Dolce & Gabanna estão no prestigio que lhes é atribuído. A longevidade, que atravessa épocas históricas, o modernismo do passado que hoje se apresenta como intemporalidade, a qualidade, fazem a fama e reconhecimento internacional. Acho os preços exorbitantes, nunca na vida adquiriria um trapinho que me custasse os olhos da cara. Mas os muitos dígitos nestas etiquetas reflectem não só todas estas qualidades como elevam o estatuto de quem as enverga. E cada um sabe de si.

 

Mas a semana passada as manchetes de moda foram feitas PELA carteira (ou mala) mãe de todos os ícones, a mais famosa e provavelmente mais desejada em todo o mundo, a Birkin. Este produto da Hermès homenageia a actriz Jane Birkin.

 

O (in)adiável processo da escrita

Para mim escrever é o equivalente a tomar banho, estou sempre a adiar. No início nunca sei o que escrever.

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Já escrevo a longo prazo, e quando chegar ao Verão sou capaz de já estar a sonhar com as decorações de Natal. Começa a escrita do post, a ser publicado na qualquer que seja a devida época, e chegada a hora já não sou a mesma pessoa, já mudei, já não penso assim, acho que o que escrevi é uma parvoíce, porque raios, ainda a semana passada era mais idiota do que sou hoje.

 

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Como consequência há um número igual de posts em progresso ou deixados ao abandono, nos rascunhos, igual aos publicados. Mas quando a coisa flui no sentido certo não quero parar.

 

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Depois pergunto-me: porque é que não vim tomar banho mais cedo?

 

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Joana Vasconcelos: no campo de férias

 

 

A Plataforma de apoio aos refugiados lançou a campanha "E se fosse eu?", para pensarmos como seria se estivéssemos na pele de milhares de refugiados, e, ao sermos obrigados a fugir do nosso país, podendo levar apenas uma mochila, que itens escolheríamos. O desafio tem sido lançado a figuras públicas e mais recentemente à artista plástica, Joana Vasconcelos.

A resposta de como seria se fosse a Joaninha a voar para fora do seu país está a fazer correr rios de tinta. Começando pelo princípio, claro está, eu não sou perita em luta pela sobrevivência, mas imagino que seja um trabalho a tempo inteiro, talvez não tenha muito tempo de lazer para desenhar ou ouvir música, mas cada um sabe as suas prioridades. Se fosse eu, também levava os gadgets electrónicos, porque ir com a minha família para o meio de uma multidão, com possibilidade de nos perdermos uns dos outros o telemóvel tornava-se uma obrigatoriedade. E claro que também levava o tablet, mesmo sabendo que nos campos não há acesso à internet, mas como não vivemos no século passado e hoje a informação é poder, os refugiados não estão propriamente a fazer uma travessia pelo deserto, alguma coisinha havia de se arranjar. Mas os gadgets vêm com outra amarra, não há eletricidade, vai carregar todos os ai`s como? Se calhar um carregador portátil a pilhas não seria má ideia. Agora os óculos de sol, pára tudo, porque isso sim é de extrema importância. Ao ler a frase destacada nas notícias "Joana Vasconcelos versão refugiada:levava todas as jóias", não me pareceu uma ideia nada absurda, aliás achei que era muito bem pensado, serviriam de moeda de troca, para obter algum transporte, abrigo ou comida. No vídeo "jóias portuguesas", ãhhm, à que ter em atenção a nacionalidade das mesmas, transparece mais sentimentalismo do que praticidade, mas se deixamos para trás tudo o que alguma vez conhecemos para navegar rumo ao desconhecido, um pouco de sentimentalismo é mais do que natural. Ainda que aí pelo meio esperava ver uma estatueta do galo de Barcelos. Espero bem que as lãs sejam para tricotar um cobertor ou um casaquito, em vez de qualquer obra de arte em tricot. Fora isso, estou muito interessada em saber qual é a "qualquer eventualidade" que poderá requerer a indispensável intervenção das agulhas.

 

Esta listinha do que levava na mochila está a causar a ira e revolta dos portugueses porque não há nem menção dos bens de primeira necessidade: água, comida desidratada (de preferência, pelo pouco peso e espaço), mudas de roupa, um impermeável, materiais de primeiros socorros, uma lanterna, um isqueiro, pilhas, algum dinheiro, ... isto pensando muito geralmente. E, como disse no campo das tecnologias eu subscrevo, e duvido que qualquer outro português não pensasse igual, o vosso problema é com a Apple. A Joana Vasconcelos faz uma lista de quem vai de férias num interrail pela Europa e não para um campo de refugiados. Quanto a tudo, mostra um alheamento e falta de noção da realidade, uma falta de empatia em estar na pele dos outros, e obviamente os portugueses manifestam-se. Com toda a polémica já estou a ver a verdadeira utilidade das agulhas, só vão dar jeito para cavar o buraco onde a Joana se devia ir enfiar até vir uma próxima polémica a dar lugar a esta.

O ataque do bastão assassino

No último episódio de The Walking Dead foi-nos apresentado O maior vilão da série. O Negan chegou com a Lucille (o bastão com arame farpado) e ambos prometem grandes estragos desde o primeiro momento.

 

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Glenn, Rosita, Daryl, Michonne, Abraham, Maggie, Rick, Sasha, Aaron, Carl e Eugene, os nossos meninos à volta da fogueira do bastão para decidir de quem seria "o último dia na terra".

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 Agora se a série seguir o rumo da banda desenhada é com pesar que anuncio as próximas spoilers.