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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

A revista da Cristina

Eu sei que venho com mais de um ano de atraso, mas só este mês li pela primeira vez a revista da Cristina Ferreira. Já me tinha atualizado há mais tempo ali mesmo na secção de literatura do Continente se a sacana não tivesse tão bem embrulhadinha. Primeiro porque não me despertou muito interesse, as revistas mensais nunca têm aquilo que mais gosto, novidades moderadamente frescas (porque nada bate a atualidade da internet) ou as últimas fofocas, salva-se a dignidade ao não mencionar nenhum dos programas da Teresa Guilherme. Depois porque é cara, 3€ por uma revista é muito, mesmo que tenha uma grossura considerável. Só li porque não tive de a pagar, resgatei-a da mesa abandonada na pastelaria, e foi intercalada com umas garfadas de bolo.

 

As capas são sempre polémicas, há quase sempre nudez ou insinuações da mesma, a única respeitosamente apresentável foi a primeira, com o Marcelo Rebelo de Sousa quando ainda era tratado por professor. O nome da revista soa muito egocêntrico, o nome próprio da pessoa que a criou, e depois é péssimo quando se quer fazer um artigo de critica num blog, tanta repetição de Cristina, irra. Todo Portugal sabe quem é esta personalidade, não é preciso chapá-la em todas as capas em que há espaço. É mais fácil descobrir o Wally do que uma publicação que não tenha a fotografia da apresentadora na capa ou no conteúdo, ainda mais difícil é descobrir um frase escrita pela mesma. 

 

O que me leva ao conteúdo, um paragrafo no meio de uma página em branco em tamanho de letra para cima de vinte, intercaladas por uma página de publicidade, mais dez de sessões fotográficas que desempenham fracamente a secção de moda, porque é mais publicidade travestida, mais uma versão de artigo constituído pelas fotos dos bastidores de quê? da sessão fotográfica da capa, claro, o que mais haveria de ser. A tal intimidade exposta dos entrevistados de que a Cristina se tanto gaba é a do corpo.

 

No fim de ler esfolhar fui ler o edital, ver quantos funcionários eram precisos para fazer aquela revista, para fazer aquilo num mês deveria corresponder ao trabalho de umas três pessoas. não me enganei muito, a revista que li teve os seus textos produzidos por três jornalistas e cinco fotógrafos. 

 

Resta saber onde se enquadra esta publicação, não é uma revista de moda, nem um catalogo da Oriflame, está lá no meio. Leio muito mais texto e com mais interesse o jornal do Lidl, esse sim com menos publicidade. E dizem que a revista é a Cristina, a sua alma, espero que na realidade a pessoa não seja tão vazia e desinteressante como o papel. Não perdi nada em ter ficado tanto tempo na ignorância, acho que sou imune à febre Cristina Ferreira, que há anos assola o país. 

 

A morrer de ansiedade

Acabei a tarefa literária mais hercúlea da minha vida, escrevi uma carta de motivação para uma candidatura a mestrado. A dificuldade está em dizer que quero muito, muito, muito aquele curso sem entrar no desespero, de ser bajuladora, pedinchas, ou usar aquelas frases pomposas, que dão a entender que foram pescadas de outro lugar sem ser a minha cabecinha. Espero ter conseguido. Durante o processo de candidatura já estava a antever a rejeição, fiquei tão mal disposta, enjoada, com uma dor de cabeça como há muito não tinha. Depois veio o choque 50€ só pela candidatura, se não entrar além de me desfazer em lágrimas e ódio próprio ainda fico mais pobre. E se não for colocada lá vou eu torrar mais dinheiro, cabecinha e coraçãozinho noutra candidatura. Agora a fase do pessimismo passou momentaneamente, mas vou andar a alternar o estado de espírito mais frequentemente que um bipolar. Vou andar a sofrer dezassete dias pelos resultados, se entretanto já não tiver morrido porque esta pobre alma não aguenta tanta incerteza.

 

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Pirilampo mágico

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O pirilampo deste ano já cá canta, é muito fashion, verdinho fluoresceste vem juntar-se aos oito habitantes desta casa. Tenho uma tia-avó que fazia tinha tantos destes bichinhos e eu adorava brincar com eles, inventava uma cidade para eles, dava-lhes nomes, profissões, casas, rotinas, era tão giro. A minha mãe não costumava comprar pirilampos e a explicação só descobri este ano. Contou-me que eu em criança cometi pirilampossídio com a colecção dela, torturados até à morte, era a fita transformada em franjas, olhos arrancados,  a lâmpada esticada até  ao extremo. Depois um dia comprou o primeiro pirilampo, eu já era mais crescida e não brincava com eles (nem os trucidava), mas continuo a fazer questão de comprar todos os anos. É mais do que uma colecção, é uma prova física do compromisso solidário para com as pessoas com deficiência intelectual, é a mascote de uma causa que realmente importa.

 

 

 

Ciclo musical

 

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Apaixono-me perdidamente por uma música, oiço-a até à exaustão, sugo-lhe cada  palavrinha, entoação, batida, acorde, significado; ela por sua vez rouba-me todo o amor que lhe tenho, porque tudo o que é repetitivo cansa, e nunca mais posso ouvir falar dela. Eu não sou capaz de viver com a filosofia da Jennifer Aniston, mesmo casada, não quer passar mais de quatro horas por dia com o marido para não enjoar "matar o sentimento que sentem um pelo outro". Vivo a música intensamente, quando gosto, gosto, quando passo a odiar fica na minha lista negra para sempre.

A estação quente traz tudo de bom e isso inclui boa música. No Verão os novos hits de cantores e bandas desconhecidas pela maioria do público surgem como as ervas daninha, é uma infestação, poucos são os nomes que perduram depois, com temas igualmente bons. E enquanto uma maré de novos temas não chega eu vivo frustrada com a rotina do vira o disco e toca o mesmo. Preciso de um novo stock musical urgentemente.

 

Carteiras há muitas

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Tenho bastantes carteiras,ou malas dependendo da região do país, e mais uma nunca é demais. As carteiras são como qualquer peça de vestuário ou calçado, adequadas para determinadas estações do ano e situações. No meu roupeiro há um bocadinho de tudo, grandes e pequenas, lisas, com padrão, com relevo, de cores claras a escuras, de diferentes formatos. Quase todas da mesma proveniência, da Parfois, é simplesmente a minha loja favorita, pelos factores, variedade, qualidade e preço. E ando há algum tempo de olho nesta pequena, que já mandei recambiar para a loja mais próxima e no fim-de-semana vem para casa.

Filme: 10 Cloverfield Lane

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Aviso: o trailer é daqueles detestáveis, revela cenas do final, mas sem necessariamente ter spoilers explicitas. 

 

Estava reticente em ver este filme, não me despertava grande interesse, mas ainda bem que me decidi. Tinha ouvido qualquer coisa de outro filme, pensei que este era um remake. Afinal este filme é uma espécie de spin-off de Nome de código: Cloverfield, de 2008, porque de uma sequência não tem nada. Eu li o enredo da história e é completamente diferente, com outras personagens, por acaso a forma como a história é contada é até mais original. Os únicos elementos de ligação entre os dois filmes são o título e o produtor, J.J. Adams. Aliás para quem não viu o filme de 2008, ou sabe do que se trata (como eu), não se incomode a inteirar muito acerca disso, porque o final de 10 Cloverfied Lane é uma surpresa com muito mais impacto.

 

A pós terminar o relacionamento com o namorado, Michelle (Mary Elizabeth Winstead) tem um acidente de viação, quando acorda, está algemada, num pequeno quarto. Quando Howard (John Goodman) surge no quarto, Michelle está aterrorizada ao pensar ter sido sequestrada e implora para ser libertada. O homem explica que lhe salvou a vida, não só do acidente, mas de um ataque de natureza ainda desconhecida que possivelmente contaminou o ar, matando toda a população. Por isso têm de permanecer tempo indeterminado no bunker, juntamente com Emmett (John Gallagher, Jr.), um rapaz que pediu a protecção de Howard na cave. O jovem testemunhou o início do ataque, corroborando a história de Howard.

 

Festa do cinema

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A melhor notícia da semana para os amantes da sétima arte é a Festa do Cinema. Nos dias 16, 17 e 18 de Maio, pelas salas de cinemas desse país fora os bilhetes por sessão são a 2,5€. Como habitual as sessões em 3D, 4D e IMAX não estão incluídas, os principais motivos que me fazem ir ao cinema. Mesmo assim, o ano passado aproveitei esta fantástica oportunidade para ver Os vingadores: a era de Ultron. E a acessibilidade não é problema, há mais de 500 salas espalhadas de norte a sul do país, não só nos grandes centros urbanos, como as terrinhas incluídas.  A lista completa pode ser vista aqui.

Iniciativas como esta permitem o regresso do público de volta ao cinema. Na edição anterior durante os três dias o fluxo foi de mais de 200.000 espectadores. Na era tecnológica a pirataria cada vez mais rápida, fácil, cómoda, segura e de qualidade, a custo zero sobrepõe-se à experiência que só o cinema oferece. Ver um filme numa tela gigante, além de ser o luxo de há poucos anos, hoje é cada vez mais o desperdício de dinheiro em oposição aos recursos gratuitos. Os filmes portugueses, esses pouco veiculados pelo mercado paralelo, são uma excelente opção para os próximos dias. Ainda há muito preconceito com o cinema nacional. Não primamos pelos efeitos especiais, mas as boas histórias, bem contadas e escritas são o que realmente compõem os bons filmes.

Doce surpresa

Em criança todos os anos passava férias em Aveiro, tinha lá família que nos alugava uma casa. Já não vou lá há anos, mas as lembranças estão muito presentes, a praia da Barra continua a ser a minha preferida. E o que eu mais gostava de comer na praia era a bolacha americana, fina, estaladiça, doce, é tão bom. Dá de vinte a zero à língua da sogra que se vende em algumas praias.

Ontem tive uma conversa muito interessante com a minha mãe.

 

M: Sabes que amanhã vou a Aveiro.

Eu: Humm.

(passados 5 minutos de silêncio)

M: Não sei se te vou poder trazer a bolacha  americana, é melhor não contares com isso.

(desato a rir à gargalhada)

Eu: Será que eu sou assim tão transparente? Como é que sabias que era exactamente isso que te ia pedir pra trazeres.

M: Porque estás sempre a falar nisso (por acaso, ultimamente não). Mas posso não trazer, não estejas à espera.

Eu: Está bem mas se trouxeres, trás duas sacas.

M: Duas?!

Eu: Sim, duas.

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Eu: E porque é que se só trouxeste uma saca eu tinha-te pedido duas.

M: Porque cada saca trás quatro, ninguém quer é só pra ti, não te chega.

Eu: Não, que tem quatro sei eu, mas queria na mesma mais.

 

Mas pronto, pelo menos não fiquei a aguar, por uns tempos estou calada. Agora tão depressa e inesperadamente como veio, já foi.

 

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Resultados imediatos

Na minha adolescência sempre pensava se iria alguma vez atingir uma idade mágica em que a minha pele voltava a ser lisinha como em criança, as borbulhas e pontos negros seriam só um mau capitulo do álbum de fotos. A verdade é que os anos passaram e eu cansei-me de esperar. Ontem experimentei um creme novo, na verdade é um gel de limpeza que se aplica da mesma forma que um esfoliante. Mais adequado ao meu tipo de pele (oleosa) do que os que costumo usar, comprado na farmácia, o que para além de indicar que o preço do gel é o dobro dos cremes que costumo comprar, também aumenta a expectativa da sua eficácia. Afinal os testes clínicos comprovam que as pessoas acreditam em 100% em tudo o que lhes é dito a seguir a "testes clínicos comprovam". Lá pus o gel, e sempre que ia à casa de banho lá me punha a fazer caretas a ver se algum ponto negro tinha magicamente desaparecido num estalar de dedos. Mas nah, a minha pele continua como uma página de livro em braile. A verdade é que se nem a ressurreição de Cristo foi um milagre imediato, porquê, inconscientemente, haveria eu de andar de olho na minha fronha a ver se mudava num ápice. Mas isto é patologia comum a todo o ser humano, fazemos alguma coisa que pretende mudar o nosso corpo para melhor e achamos que os resultados estão logo à vista. Num dia dá-nos para beber os dois litros de água recomendados para manter o corpo hidratado, ou sumos detox que todos dizem que são óptimos porque querem estar na moda, comer produtos sem glúten, lactose, sal, gordura, açúcar, (lá está, água), no outro mandamos tudo as urtigas, sa foda, é um dia que se morre mais cedo, e bora jantar ao MaC. O ano passado, no verão, fui ao ginásio todos os dias durante três meses. Lá dava por mim não só a controlar o peso na balança e a celulite. Olhava as pernas e o rabo de diferentes posições, onde a luz incidia de diferentes ângulos, mas yep, os buraquinhos em tamanho normal que toda a mulher percepciona como as crateras da Lua , continuam lá. Para me animar lá ia eu enfardar um pacote de bolachas.

 

PS: Por acaso acho mesmo que a minha pele já está muito, mas muito menos oleosa.

 

Moda futurista

Todos os anos The Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque promove uma gala beneficente, a organizadora foi a directora da Vogue norte americana, Anna Wintour. Em 2016 o tema do dress code é "Manus x Machina: Fashion in an Age of Technology", numa exploração da oposição entre as colecções de alta-costura, normalmente confeccionadas à mão, e as colecções de pronto a vestir, feitas à máquina. A passadeira vermelha do evento já é conhecida como a mais extravagante, mas este ano superou-se.

 

Claire Danes usou o vestido do ano, se não estão todos a falar dele, então deviam. Para já há que dizer que o vestido é lindo.

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Mas aqui está a cereja no topo do bolo, o vestido brilha no escuro. A obra-prima de Zac Posen foi fabricada em fibra óptica e organza, estão ainda escondidas 30 baterias que dão vida ao sonho.

 

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