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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

A mensagem de Portugal para Trump

 

 

O novo presidente dos EUA tem objectivos muito claros para o seu país, as suas decisões serão colocarão a nação em primeiro lugar "America first". Há pouco tempo um programa humorístico holandês fez um vídeo de apresentação do país a Donald Trump, nas palavras características do próprio, a reivindicar um segundo lugar. Ora o resto da Europa não ficou muito feliz em ser passado para trás e agora mais nações europeias entraram num Hunger Games pela segunda posição. O 5 para a meia noite juntou-se ao movimento "Comedy against Trumpism" e defendeu o direito de Portugal ao segundo lugar, o resultado está, como não podia deixar de ser, hilariante.

 

Acabou o meu tormento televisivo

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Já não é novidade o meu desagrado por reality shows, por isso agora estou um bocadinho mais contente. Acabou, depois do que me pareceu metade da minha curta existência Secret Story chegou finalmente ao fim, depois da promessa de um desafio final, para quê dizer que era o final quando se seguiram mais três (só foram quatro, bolas, pareceram sete ou oito). O índice de degradação da TVI caiu a pique e já torna o canal tolerável. Os pais já foram poupados de saciar a curiosidade dos filhos acerca do que acontece no reboliço debaixo dos lençóis nas imagens mostradas nos diários da tarde, já podemos mudar de canal tranquilamente sem o perigo de levar com uma bunda desnuda e siliconada colada ao ecrã, foi-se a inspiração para novos insultos, erros de português e argumentação oca, facilmente desacreditada. Por outro lado a taxa de adultos (já não são nenhuns adolescentes) nem-nem`s, nem estudam, nem trabalham subiu, prevê-se que o desemprego dure até à aparição do próximo reality show. Estas pessoas não são uma amostra representativa da população portuguesa. Voltou um bocadinho de decência ao canal privado.

 

Receção intimidante

 

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Hoje saí de casa com a mesma tranquilidade de quase todos os dias, de quem está a horas, aliviada por não chover. Chego à Praça da República e vejo agentes da polícia, de ambos os lados da estrada, entre eles dois metros de distância, trânsito cortado. Pensei que aquele podia ser parte do trajeto de uma manifestação. Senti-me quase como se estivesse a cometer um crime ao atravessar na passadeira com o sinal dos peões vermelho, felizmente nenhum dos muitos agentes se deu ao trabalho de me prender. No último degrau das Monumentais até prendi a respiração durante um segundo, mais e mais polícias, canhões apontados diretamente a mim, grupos de militares de postura rija e hirta, agentes das forças de intervenção armados até aos dentes. Foi quando me me lembrei do porquê de tanto aparato, começou hoje em Coimbra a visita oficial de dois dias do presidente grego. Fiz o trajeto até ao meu departamento acompanhada pelo único som que pairava no ar, o das minhas botas a bater no asfalto (esta deve ser muito provavelmente uma das sensações finais dos condenados à morte).

 

A meio da manhã começou a receção com honras de estado, a banda toca, desfilam dezenas de cavalos com exuberantes cavaleiros a preceder a frota automóvel topo de gama, ao longe mas ainda discernível vi o carro do Marcelo, pouco tempo depois o som dos canhões ecoa no ar. Durou tudo muito pouco tempo, foi bem maior o aparato. Acho que a cidade nunca se viu no meio de tanto protocolo presidencial. Eu safei-me, mas para muitos foi uma manhã caótica, o centro histórico estava uma fortaleza, como não estaria o trânsito. Aos estudantes de direito pedia-se os olhos bem abertos e apontados para o chão para não pisarem os presentes deixados pela cavalaria, o único vestígio que restou da calorosa receção.

 

Aparato a Mário Soares

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Morreu Mário Soares. Já estávamos preparados para isso, aliás até já se faziam brincadeiras de que seria a última personalidade a falecer em 2016. Ainda durante próximos dias, senão semanas, vamos continuar a ser bombardeados com a sua biografia e homenagens. Não sei muito sobre Mário Soares, eu ainda não era nascida durante a maior parte do exercício das suas funções políticas, quando fundou o PS, foi primeiro-ministro, colaborou para a entrada de Portugal no que é hoje a União Europeia, nem durante a maior parte do mandato presidencial. O que sei é que sinto e vivo todos os dias o contributo e conquistas da sua luta pela democracia no nosso país, à custa da sua própria liberdade. E isso é tanto que nos foi dado que só é justo retribuir-lhe ainda mais.

 

Dada a figura incontornável que foi na política no nosso país todos têm uma palavra de apreço a dizer. Mas por favor, quem não sabe do que fala que se cale. Nada me irrita mais do que ver nas redes sociais as pitas e putos do secundário a comentar que gostavam "bué" do Mário Soares, sem nem sequer às vezes lhe conseguirem associar o nome à pessoa, só porque toda a gente fala dele. 

 

 

2016 numa imagem

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Nos últimos dias do ano é sempre altura de fazer uma revista a tudo o que aconteceu nestes últimos 365 dias do ano. O artista Niv Bavarsky resumiu 127 acontecimentos de 2016 apenas nesta imagem (aqui com zoom). Há de tudo nas mais diversas áreas, desde os virais da internet pen-pinneapple-apple-pen e bottle flip, ao cinema, finalmente, com o Óscar do Leonardo DiCaprio, o muito aguardado "À procura de Dori", o fenómeno do Pokémon Go, os Jogos olímpicos, o vírus Zika, o estrondoso álbum Lemonade da Beyoncé, até à política recheada de surpresas e polémicas, o Brexit, o Trump presidente, o discurso de Michele Melania, o "grab them by the pussy". É um cartoon invulgarmente populoso, afinal foram tantas as celebridades que faleceram este ano. Parece difícil tanto em tão pouco desenho, os acontecimentos soluções estão todos aqui devidamente identificados na imagem com numeração.

 

Saldos: primeira ronda

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Os portugueses não perdem pela demora, nos primeiros dias de saldos aproveitam logo as melhores promoções. O ViaCatarina e as ruas do centro do Porto estavam muito movimentadas, nem o frio do inverno fez a multidão ficar em casa. A Zara estava como sempre cheia de gente, filas enormes para o provador e para a caixa, e uma barafunda de roupa ao monte em cima das mesas. Na Berska e na Stradivarius, onde ainda há uns anos dava um pulinho, é caso para esquecer. Na Oysho e na Kiko, a loja de maquilhagem, levei cinquenta encontrões até ao momento da saída. Nem as lojas de marcas mais caras ficaram às moscas.

 

Apesar de toda a confusão de gente no início dos saldos prefiro ir logo nos primeiros dias aos grandes shoppings, ainda há muita escolha e eu gosto mesmo é de ver variedade. Raramente fico fixada nalguma peça em especial que andei a namorar até esta altura, porque logo nas primeiras horas de descontos pode esgotar. A minha primeira ida aos saldos foi bastante produtiva. Não comprei um, nem dois, mas três pares de jeans na Tiffosi, por vinte euros cada, foi mesmo de aproveitar. Já estou habituada à marca, é sempre uma das minhas lojas preferidas para jeans, o material é bom, gosto do design e vestem sempre muito bem. Nos saldos há muita, mesmo muita variedade por onde escolher em vez de ficar presa ao que havia em promoção. Escolhi três mdelos bem distintos, um par de uma ganga bem escura, outro de ganga manchada de dois tons de azul bastante parecidos, não era nada muito contrastante e o último modelo ligeiramente desbotado nas coxas. Na Salsa comprei uma camisola de malha. A perfumes e companhia também tem ótimas promoções, a minha mãe aproveitou para comprar dois perfumes para as aniversariantes de janeiro da família, um Calvin Klein e um Tous.  

 

Ainda não encontrei o cachecol ou lenço que pretendia, estive muito perto e depois apanhei uma grande deceção. Estava na Parfois, estranhamente, quase vazia, quando vi um lenço bem quentinho em tons de azul, aquele que fica mesmo bem em ganga. Na minha mão senti o tecido mas também a dimensão, achei que talvez fosse um pouco grande e pousei-o. Nem meia volta depois à pequena loja e fiquei pasma por ver que o lenço tinha desaparecido num estalar de dedos, não o vi na mão ninguém nem na caixa para pagamento. Para outra vez também ficam os botins porque nada me cativou muito.

 

Ainda há muito tempo para aproveitar os saldos, agora nas lojas mais pequenas, de comércio local que também têm verdadeiras pérolas escondidas.

 

Não resisti

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O Natal mal acabou, até ontem na mesa dos doces ainda restavam as sobras dos últimos dias. Ainda estamos na época festiva, o ano novo também é sinónimo de mesa cheia, por isso, mesmo quando devia aproveitar estes dias para acalmar nos pecados alimentares não consigo dar umas tréguas ao meu organismo. Vá lá, como podia se no Porto em todos os locais de restauração há francesinhas. Foi no concorrido e afamado Santiago que me deliciei. Comi neste pequeno espaço uma francesinha o ano passado e adorei, se é a melhor do Porto não sei, mas que é muito boa lá isso é, o pão é torrado e bem recheado com salsicha e linguiça fresca, fiambre, mortadela, um bife fino e tenro ainda rosado, no topo da composição um ovo estrelado com a gema ainda líquida, aconchegado pelas fatias de queijo. E o molho, espesso, um pouco picante e muito saboroso, é mesmo um segredo muito bem guardado que dava tudo para saber oitenta por cento da receita. O menos bom são as batatas fritas um pouco moles, mas de resto 5*. Fotos da especialidade não há, porque quando me lembrei já tinha devorado meia francesinha.

 

O almoço estava ótimo, fiquei mesmo muito saciada, mas o meu estômago guarda sempre um lugar para mais um docinho. Não foi planeado, mas passei pela Amorino e senti os meu ser a iluminar-se todo como uma árvore de Natal. Sou pessoa para comer gelados o ano todo e nunca os recuso, então se forem artesanais como neste caso não resisto mesmo, os sabores são muito mais intensos. E não nos podemos esquecer que os olhos também comem e estes gelados são moldados em lindas flores. Um centro de chocolate, protegido por pétalas de doce de leite e tiramisù. 

 

Foi um dia para esquecer, sou mesmo uma gulosa sem remédio.

Saldos aqui vou eu

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Raramente espero pelos saldos para comprar coisas que me fazem mesmo falta, só se for uma peça pouco essencial, mas que componha o meu guarda roupa, ou aquele item que tinha debaixo de olho mas não era assim tão barato e seria muito porreiro de apanhar em saldos. Este ano preciso mesmo de encontrar uns jeans, mais uma camisola de malha porque sou muito friorenta e continuo necessitada e uns botins azuis. Se gostar mesmo muito e o preço for quase uma loucura vou comprar um lenço de malha grossa ou com cachecol. As peças que me aquecem o pescoço nestes dias frios têm sido surrupiados da minha mãe, meu não tenho nada, sou muito exigente, tem que ter cor que conjugue com diferentes looks, se tiver padrão que seja um que não me enjoe passado pouco tempo, se for cachecol o entrançado da malha deve ser um bocadinho rebuscado. Amanhã vou ao Porto ver o que os saldos me reservam, já espero enfrentar uma enchente de gente agora que os pecados gastronómicos já foram, na maioria, desgastados.