A esperança média de vida dos smartphones
Não sou muito obcecada em ter sempre os gadgets mais modernos e das marcas trends, as únicas apples que tenho estão na fruteira. Se me perguntarem qual o modelo do meu telemóvel, só sei que é um Sony Xperia uma letra qualquer, bastante popular, conheço três pessoas com um igual. Os smartphones são uma coisa relativamente recente, com quê cinco, seis anos. Eu comprei o meu há quatro anos quando ainda só metade dos meus colegas na faculdade também tinham. São muito atractivos, o design simples e clean, sem as teclas, as variadas e versáteis aplicações dão a hipótese de personalizar o aparelho, senti-me tão à frente no uso da tecnologia. Não o largava por nada, a bateria durava um dia e pouco.
Mas agora estou com um ódio ao meu smartphone, testa a minha paciência, está muito lento, as apps já deixam de responder e fecham automaticamente, deslizo para atender mas demora a que consiga ouvir e ser ouvida. Tenho de comprar outro porque este já não funciona bem. Agora os smartphones são como os computadores, têm um tempo de vida muito limitado e o do meu está a chegar ao fim.
Antes desta nova era raramente alguém mudava de telemóvel porque avariou ou deixou de funcionar, era sempre porque havia um modelo mais recente, melhor e com novas funcionalidades. O meu telemóvel anterior, com sete ou oito anos funciona perfeitamente até ao dia de hoje, uso-o menos frequentemente, com outro cartão. Aquilo sim é uma maravilha, cabia em qualquer bolso, a bateria durava uma semana, não era preciso actualizar, no modo silencioso quando vibrava parecia um terramoto, nada passava despercebido.