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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

A noite mais esperada do ano

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Eu sou muito fã de cinema, e como qualquer entusiasta que se prese eu adoro os Óscares, não, mais do que adorar eu sou fanática. A hora da subida do pano está quase aí e eu estou em pulgas. Não é só a mais prestigiada gala dos maiores galardões cinematográficos, é todo um evento. Começa logo pelo desfile de estrelas na red carpet personificando o glamour, o discurso de abertura é sempre divertido, atual e cheio de criticas à sociedade e até à própria academia (num pouquinho de roast), há sempre referências e momentos de paródia aos filmes nomeados e bons momentos musicais. E depois temos o anúncio dos vencedores, temos sempre a esperança de acertar nos vencedores ou ver reconhecido o talento dos artistas que veneramos. Mais recentemente os Óscares tornaram-se o palco para inflamados discursos de causas e valores sociais, este ano penso que tome um rumo mais político. 

 

Para mim, o mês de fevereiro foi muito trabalhoso, aliás, ainda está a ser, entre resmas de apontamentos para estudar para o teste da próxima quarta-feira, e infelizmente não consegui ver nem metade dos filmes nomeados, o que me está a dar uma urticária que ninguém sabe. Vi "Arrival", nomeado para melhor filme e "Animais noturnos", que não estava nomeado na categoria principal, ainda estou à espera de tempo para fazer as reviews, porque já se sabe que depois da gala muita gente anda atrás do que vale ou não a pena ver. De resto estou por dentro das histórias, dos atores e das nomeações de cada um, mas não posso fazer os habituais palpites ou julgar o mérito dos vencedores.

 

O que de certeza que não vai falhar sou eu coladinha à televisão do início ao fim a cometar a red carpet, os melhores e piores momentos pela noite dentro, mesmo que isso me custe uns olhos de panda na manhã seguinte.

A espera por Suicide Squad acabou

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Estreou hoje o filme Suicide Squad, há meses o aguardo, sempre em cima do burburinho em todo o mundo. Pelo que vi dos muitos trailers este filme tem tudo o que eu mais gosto, muito humor sarcástico e a maior concentração cinematográfica de vilões, que sem nunca deixarem de o ser vão salvar o dia. O Joker sempre foi o meu vilão favorito, ele não tem outro objetivo se não o caos e anarquia, e a sua relação intrigante, numa dependência de amor e ódio com a Harley Quinn é um bónus para ambas as personagens, sem dúvida que essa abordagem no filme é o meu maior atrativo. O elenco é para lá de fabuloso. As criticas têm sido arrasadoras, mas tem tido bastante boas reações do público. 

 

Mesmo na infância tendo visto muitos desenhos animados de super heróis, Batman, Hulk, Super Homem, Homem Aranha, Liga da justiça, X-men, Quarteto Fantástico,..., poucas adaptações cinematográficas me despertam o interesse. Do Homem Aranha, não sei porquê, é o único herói de quem vejo todos os filmes, recentemente vi o Deadpool (não conhecia este anti herói sarcástico) e adorei, logo verei se Suicide Squad se junta aos favoritos.

 

Filme: 10 Cloverfield Lane

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Aviso: o trailer é daqueles detestáveis, revela cenas do final, mas sem necessariamente ter spoilers explicitas. 

 

Estava reticente em ver este filme, não me despertava grande interesse, mas ainda bem que me decidi. Tinha ouvido qualquer coisa de outro filme, pensei que este era um remake. Afinal este filme é uma espécie de spin-off de Nome de código: Cloverfield, de 2008, porque de uma sequência não tem nada. Eu li o enredo da história e é completamente diferente, com outras personagens, por acaso a forma como a história é contada é até mais original. Os únicos elementos de ligação entre os dois filmes são o título e o produtor, J.J. Adams. Aliás para quem não viu o filme de 2008, ou sabe do que se trata (como eu), não se incomode a inteirar muito acerca disso, porque o final de 10 Cloverfied Lane é uma surpresa com muito mais impacto.

 

A pós terminar o relacionamento com o namorado, Michelle (Mary Elizabeth Winstead) tem um acidente de viação, quando acorda, está algemada, num pequeno quarto. Quando Howard (John Goodman) surge no quarto, Michelle está aterrorizada ao pensar ter sido sequestrada e implora para ser libertada. O homem explica que lhe salvou a vida, não só do acidente, mas de um ataque de natureza ainda desconhecida que possivelmente contaminou o ar, matando toda a população. Por isso têm de permanecer tempo indeterminado no bunker, juntamente com Emmett (John Gallagher, Jr.), um rapaz que pediu a protecção de Howard na cave. O jovem testemunhou o início do ataque, corroborando a história de Howard.

 

Festa do cinema

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A melhor notícia da semana para os amantes da sétima arte é a Festa do Cinema. Nos dias 16, 17 e 18 de Maio, pelas salas de cinemas desse país fora os bilhetes por sessão são a 2,5€. Como habitual as sessões em 3D, 4D e IMAX não estão incluídas, os principais motivos que me fazem ir ao cinema. Mesmo assim, o ano passado aproveitei esta fantástica oportunidade para ver Os vingadores: a era de Ultron. E a acessibilidade não é problema, há mais de 500 salas espalhadas de norte a sul do país, não só nos grandes centros urbanos, como as terrinhas incluídas.  A lista completa pode ser vista aqui.

Iniciativas como esta permitem o regresso do público de volta ao cinema. Na edição anterior durante os três dias o fluxo foi de mais de 200.000 espectadores. Na era tecnológica a pirataria cada vez mais rápida, fácil, cómoda, segura e de qualidade, a custo zero sobrepõe-se à experiência que só o cinema oferece. Ver um filme numa tela gigante, além de ser o luxo de há poucos anos, hoje é cada vez mais o desperdício de dinheiro em oposição aos recursos gratuitos. Os filmes portugueses, esses pouco veiculados pelo mercado paralelo, são uma excelente opção para os próximos dias. Ainda há muito preconceito com o cinema nacional. Não primamos pelos efeitos especiais, mas as boas histórias, bem contadas e escritas são o que realmente compõem os bons filmes.

Portugal pode não estar em festa mas eu estou

É simplesmente a melhor notícia de sempre, o PORTUGAL EM FESTA foi CANCELADO, iiiupiiiii.

 

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Ó querida SIC, eu sabia que era fixe. Cortamos relações durante estes longos anos em que andaste a torturar pobres velhinhos com aqueles estridentes sons semelhantes a música, de ditos cantores, sem talento nem para playback, cujos trajes das meninas do coro e bailarinas parecem os das meninas da vida. Sem falar para o pecado que é dar nozes a quem não tem dentes, andar aí a mostrar os doces, enchidos, presuntos e leitões, a quem não pode nem cheirar sem que vá parar ao hospital, deviam era oferecer planos de saúde.

 

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Sei que os portugueses de bom censo, ao Domingo à tarde, correm todos para os canais a cabo, Netflix ou pirataria. Mas esses tempos acabaram, as tardes de cinema estão de volta à SIC. Com sorte a TVI segue o exemplo e acaba-se este degredo para o qual já não tenho pachorra.

 

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E só uma observação, porque é que estes programas da SIC, TVI, RTP, têm no nome "Portugal", tanto patriotismo é desnecessário, trata-se apenas de um programa de aborrecimento entretenimento.

 

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 O último programa será a 1 de Maio e já vai tarde.

 

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 Agora sim estamos juntos.

 

Razzie 2016 - os piores dos piores

A poucas horas da gala de atribuição dos prémios para o melhor do cinema é também importante fazer um balanço ao que de pior passou pelas salas de cinema. Todos os anos, na véspera dos Óscares são atribuídos os prémios Razzie, a fruta menos apetecida pelos actores é esta framboesa dourada.  Se para os Óscares vi todos os nomeados a melhor filme aqui orgulho-me a dizer que só vi o mais premiado dos piores "As cinquenta sombras de Grey", queria mesmo ver o quão mau podia ser. De dez categorias arrecadou cinco: pior filme (empatado com "O quarteto fantástico"), pior actor, pior actriz, e claro, dois actores desta categoria são a pior combinação em cena e pior argumento (não era fácil não ganhar o prémio, com uma adaptação de um livreco tão mal escrito, só popularizado por cenas pseudo pornográficas criadoras de fantasias em donas de casa frustradas). Um filme que nem os actores recomendam.

 

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Filme: O caso Spotlight

 

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Mais um excelente filme baseado numa história verídica, nomeado a seis categorias dos Óscares incluindo filme, realizador, actores secundários, argumento original e montagem. A história do filme de Tom McCarthy remonta a 2001, quando uma equipa de jornalistas do Boston Globe denunciou quase uma centena de padres que abusavam sexualmente de menores durante décadas, encobertos pelos altos sacerdotes. O caso teve uma repercussão gigantesca não fosse aquela uma cidade maioritariamente católica. A investigação jornalística da equipa Spotlight sobre o caso valeu aos jornalistas um prémio Pulitzer no ano seguinte.

 

 A chegada de um novo editor Marty Baron (Liev Schreiber) incentiva à investigação de uma denúncia levantada numa coluna de opinião. Um caso de um padre que abusou de mais de 80 crianças em 6 paróquias diferentes ao longo de 30 anos com o conhecimento do cardeal é o rastilho para a história que abalou Boston. A equipa Spotlight, responsável pelo jornalismo de investigação independente e confidencial, numa secção do jornal, toma conta do caso. À medida que a investigação avança, os jornalistas começam a descobrir as reais proporções do trabalho em mãos. Nada poderia preparar os profissionais para a extensão da rede de pedofilia. O filme retrata muito bem a abrangência do poderio da grande instituição que é a Igreja no encobrimento dos crimes. Há conhecimento da situação, mas os criminosos não eram punidos, sob falsos pretextos os padres eram afastados da diocese. Desde vítimas, abusadores e famílias todos os intervenientes cumpriam acordos sigilosos sem implicações legais. Desde os advogados, que lucravam pelo silêncio a funcionários judiciais, todo o sistema era corrompido. A investigação foi um processo demoroso e custoso, era uma luta para vencer obstáculos burocráticos que não deveriam ser entraves, uma vez que a informação deveria ser pública. Obviamente que num caso destes também poucas vitimas estavam dispostas a emergir da vergonha e silêncio em que se aprisionaram durante anos, dispostas a dar corpo e voz às estatísticas assustadoramente impressionantes.

 

 

 

Filme: The revenant - o renascido

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Os Óscares estão quase a chegar e, como grande apreciadora de cinema que sou, tento sempre ver os principais filmes. Vi ainda antes da antestreia (às vezes a pirataria supera-se) aquele que anda nas bocas do mundo com o maior número de nomeações para os Óscares, no total 12 é The Revenant-o renascido. Pelas minhas previsões acho que vai arrecadar, pelo menos, com certeza o prémio nas mais cobiçadas categorias: melhor filme, actor e realizador. 

 

A trama retratada em "O Renascido" vem suceder a poesia, romances e outros filmes inspirados na mesma história de uma personalidade real do século XIX, contudo o final difere do verídico. A personagem de Di Caprio é Hugh Glass é um experiente caçador e comerciante de peles, que se encontra numa expedição acompanhado por muitos outros companheiros e o filho Hawk. Este é fruto de um relacionamento com uma indígena (vemos alguns flashbacks da relação de ambos e de Hugh com o filho), por isso não é muito bem aceite entre os demais caçadores. Naquela época era intenso o confronto entre os povos nativos e os americanos que os tentavam aniquilar, a fraternização entre povos não era vista com bons olhos por alguns. Durante uma emboscada dos índios com mortes de parte a parte, com cenas dignas dos filmes de Tarantino recheadas de violência, em fuga Hugh Glass é atacado por um urso. Ficou gravemente ferido no pescoço (impossibilitando-o de falar), num ombro e perna. As hipóteses de sobrevivência era muito escassas. No entanto houve quem se prestasse a cuidar dele enquanto os restantes procuravam salvação. Há um acontecimento que leva Glass ao abandono por parte dos colegas. A partir daí é uma luta constante pela sobrevivência face a condições extremas de temperatura, fome e confrontos com os nativos, para além da luta contra o próprio estado de saúde debilitado.

 

 

O filme a não ver com avós desbocadas

Este domingo aproveitei que os canais TvCine estavam em sinal aberto para ver o filme "Bem vindo a Nova Iorque". A história é inspirada pelo escandalo sexual de Dominique Strauss-Kahn, o ex director do FMI, que em 2011 violou uma funcionária de um hotel em Nova Iorque. As primeiras cenas mostram a promiscuidade do francês. Quando chega ao hotel são muitas as cenas com amigos à volta de uma mesa de bebidas e muitas "meninas da vida". Logo na primeira cena mais gráfica da coisa a minha avó muito indignada "este filme num presta", "tu deixas a tua filha ver estas coisas?". Como se eu não tivesse 21 anos, a ingenuidade das avós é fantástica. Depois saem as meninas e achei que acabava por aí. Tá bem tá, logo a seguir entram mais duas a interagir uma com a outra e tal e o gorducho a ver "elas são quê? "lébicas"? Isto num presta vou pra cama", "coitadas duas novas com aquele velho, também não têm uma vida fácil". Não sei como mas a minha avó lá aguentou pela metade do filme "ah pensei que ia ser sempre aquilo", tive de lhe explicar que aquilo era o contexto pra a história em si do escândalo. Só hoje ao almoço, de rompante, me perguntou "e o outro foi preso?". Passados os típicos segundos de tentar descobrir de que parte do céu caiu aquela pergunta lá cheguei e respondi "não", e ela "NÃO?", e eu "nãoooo", depois "ah quem tem dinheiro regala-se é como o Sócrates". A minha avó é como uma ostra, só me dá pérolas.