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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

A mensagem de Portugal para Trump

 

 

O novo presidente dos EUA tem objectivos muito claros para o seu país, as suas decisões serão colocarão a nação em primeiro lugar "America first". Há pouco tempo um programa humorístico holandês fez um vídeo de apresentação do país a Donald Trump, nas palavras características do próprio, a reivindicar um segundo lugar. Ora o resto da Europa não ficou muito feliz em ser passado para trás e agora mais nações europeias entraram num Hunger Games pela segunda posição. O 5 para a meia noite juntou-se ao movimento "Comedy against Trumpism" e defendeu o direito de Portugal ao segundo lugar, o resultado está, como não podia deixar de ser, hilariante.

 

Bêbada de sono, ou será da falta dele?

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Este blog tem estado negligenciado há algum tempo. Tenho uma nova rotina, a gestão das tarefas não começa por ser logo a melhor e demora sempre algum tempo a encaixar as roldanas todas, este espaço foi a peça que ficou de fora pelo funcionamento das restantes. As últimas semanas têm sido realmente exaustivas. Entre estudar aulas em português e completar com a bibliografia recomendada em inglês o meu cérebro entrou em curto circuito. Achei que seria bom manter-me afastada até deixar de precisar do Google para saber como se escreve "emissão".

 

Cheguei de rastos até ao fim-de-semana. A babar em cima do portátil na noite de sexta, já sem distinguir sonho e realidade entre uma piscadela e outra. Não deu para aguentar, quis fazer uma sesta. Há uns anos achava que isto era um desperdício de tempo, uma impossibilidade para mim dormir a meio da tarde ou noutra altura do dia por breves momentos só porque sim. Agora digo, na universidade é o salvador da saúde mental, 20 minutinhos chegam para me pôr nos trinques e sem moleza ao acordar. Pronto era só mesmo estes minutinhos que queria dormir, como nestes casos costumo ignorar o despertador do telemóvel e voltar a dormir pedi à minha mãe que me acordasse à hora marcada. Já devia saber que a minha mãe é muito incompetente neste trabalho quando me vê com olhos de asiáticos. Foi despertada duas horas depois, duas horas! Estava com um grogue de sono, num sonho meio lúcido a delirar.

 

 

Fazer piada da desgraça alheia

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"Sismo à italiana" é o cartoon do polémico jornal satírico Charlie Hebdo que está a enfurecer os italianos a indignar o resto do mundo. Às vítimas são atribuídos nomes de pratos típicos, o homem ensanguentado é legendado como penne com molho de tomate, a mulher com o rosto queimado é descrita como penne gratinado, e o pior é quando a sátira atinge às vitimas mortais, numa alternância de camadas de escombros e pessoas, foi-lhes dado o nome de lasanha. 

 

Isto é uma provocação, é simplesmente insensibilidade e desrespeito pela dor e sofrimento alheio, é macabro demais para ser considerado humor. Ninguém gozou quando o jornal francês sofreu um ataque terrorista em janeiro do ano passado. Todos juntaram as suas vozes em defesa da liberdade de expressão, porque criticar muçulmanos, refugiados e negros é muito aceitável, e resultou tão bem que o jornal sentiu-se livre para gozar com outros mortos. Desta vez os ridicularizados são também vítimas, mas cidadãos europeus, aí é um caso à parte, os envolvidos na publicação passam a ser seres desprezíveis de corpos ocos, sem coração, que mereceram totalmente o ataque. Porque quando foram os colegas jornalistas que faleceram não foi feita nenhuma caricatura do caso. 

 

Infelizmente é esta a linha editorial do jornal, a controvérsia e polémica, que se sobrepõem aquela que deveria ser a principal característica, o humor, ainda que satírico. Eu considero haver três grandes tipos de humor. O humor para rir, com piadas mais banais que por isso acabam por ser engraçadas ou piadas apalhaçadas, que são exageradas, elaboradas ou tão destrambelhadas que é impossível ficar indiferente. O humor satírico, que alegadamente é o que o jornal segue, cuja ridicularização de uma pessoa, comportamento, situação,..., tem como objetivo incitar uma mudança. À sátira eu associo uma expressão latina Ridendo castigat mores (a rir se castigam os costumes). O que é que se poderia a satirizar nesta situação, a Natureza? Imprevisível, incontrolável e imutável. Não dá, a solução foi mesmo recorrer a uma técnica mesquinha e baixa para vender. O que me leva ao último tipo, o humor negro, aquelas piadas "coisas" (à falta de melhor termo) de extremo mau gosto em que mesmo muita gente pense, ninguém diz, ou quando raramente ditas são logo condenadas por quem as ouve, mesmo que tenha tido alguma graça, porque a boa índole assim o dita. Dito isto tenho a dizer que este cartoon reflete humor buraco negro, suga toda a resquícia parte de comicidade. 

 

Je ne suis pas Charlie porque nunca o fui, nunca poderia ter sido cúmplice deste tipo de atrocidade seja com quem for.

 

Abstinência de Game of thrones dá nisto

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Game of thrones é talvez a minha série preferida de sempre, acabou há duas semanas e eu ando órfã por não ter o show às segundas feiras. O subconsciente trabalha de forma enigmática, essa falta da série afetou-me mais do que tinha percebido. Ontem sonhei com GoT, num misto de fantasia e realidade, eu não estava a ver cenas da série, eu era uma personagem. Joffrey era rei, estava todo esparramado no trono, rodeado pelos matulões da guarda real e eu lá no meio. Não sei que leis sucessórias medievais faziam de mim uma ameaça na usurpação do trono, mas por esse motivo ele mandou que me matassem na hora. Milagrosamente fugi, e agora no mundo real, a ser perseguida corri para casa da minha tia e tranquei tudo o que era porta e janela em tempo recorde. Da mais alta janela olhei para baixo e vi as tropas bem alinhadas, com direito a estandarte e tudo, como se estivessem preparadas para a guerra. O pânico invadiu-me e daí,  sem saber como, voltei para o cenário fictício. Estava numa espécie de masmorra com a Cercei, o Tywin e outras duas ou três caras de que não me lembro. Encostada a uma das paredes estava uma generosa carga de barris de fogo vivo. A Cercei caminhou naquela direção, com uma tocha acesa na mão a dizer que nos ia purificar, eu pensei logo que íamos morrer todos, mas os outros ficaram muito impávidos e serenos como se fosse uma ideia razoável. Mal a chama contactou com o liquido viscoso verde fomos todos pelos ares. E acordei, só penso que a morte pela explosão é um paralelismo com o calor insuportável dos últimos dias, anda-me a fritar o cérebro todo.

Não sou para sustos

Um opinião consensual entre quem me conhece é que sou forte, corajosa e bastante tolerante à dor, pelo menos nos aspectos do dia-a-dia. Não há agulhas, cadeiras de dentista, marquesas de esteticista, ratos, más disposições que me assustem. Quando toda à ficção sou a maior caguinchas que há. Muito raramente vejo filmes de terror, assusto-me só com os trailers, quase que conto numa mão os que já vi, o último foi há quatro anos "Mulher de negro". Sou uma pessoa prevenida, quando detecto alguma coisa mais suspeita anuncio logo "vai meter medo, vai meter medo, vai meter medo" e mesmo sabendo disso fico aterrorizada. Quando fico nervosa desato a falar. Os meus sobressaltos são sempre acompanhados por gritos, curtos mas relativamente altos e acabam por ser as minhas reações que assusta mais quem está a ver filmes comigo, às vezes mexo-me, escondo a cara nas mãos. A quantidade de sustos apanhados é directamente proporcional ao número de noites com a cabeça enfiada debaixo dos lençóis, sem me mexer, com problemas para adormecer. Numa ação de preservação da minha saúde mental e psicológica (e dos ouvidos alheios) deixei-me dessas coisas. 

 

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Ontem enquanto estava na internet deparei-me com um post num site de histórias de terror com duas frases, sim, chega para assustar, tive a brilhante ideia de ler, ainda podia ter esperado pela claridade do dia seguinte mas não, estupidamente senti-me corajosa e adulta para tal. Mas a verdade é que a coisa fica no nosso subconsciente. À noite, estava estendida debaixo da cama, a tentar ligar a ficha do candeeiro da mesinha à tomada esqueci-me que o interruptor estava ligado, quando estava a sair, virei-me de lado para me levantar, vi a minha sombra projectada na parede, apanhei um susto tão grande que ao mesmo tempo bati na cama e na mesinha, com sei lá quantas partes do corpo. Depois fiquei-me a rir sozinha da minha figura. Tenho de restringir todo o tipo de terror depois de escurecer.  

 

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PS: Bolas, como eu enrolo para contar a mais mínima coisa, contextualizo tanto que quase começo no nascimento de Jesus.  

O Presidente no Euro?!

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Eu disse que só ia comentar a participação da seleção nacional no Euro no final, mas nada me impede de falar da presença do Presidente no jogo contra a Hungria. Deve ter querido reviver os tempos de comentador, mudando para a área desportiva. Se na república houvesse cognomes o dele seria "Sombra", está em todo o lado.