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Saidinha da casca

O blog pessoal de uma aprendiz da vida. Espaço de partilha de devaneios, teorias sensacionalistas, gostos, ideias, curiosidades e opiniões pertinentes sobre tudo, nada e mais um pouco.

Saidinha da casca

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Saldos: primeira ronda

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Os portugueses não perdem pela demora, nos primeiros dias de saldos aproveitam logo as melhores promoções. O ViaCatarina e as ruas do centro do Porto estavam muito movimentadas, nem o frio do inverno fez a multidão ficar em casa. A Zara estava como sempre cheia de gente, filas enormes para o provador e para a caixa, e uma barafunda de roupa ao monte em cima das mesas. Na Berska e na Stradivarius, onde ainda há uns anos dava um pulinho, é caso para esquecer. Na Oysho e na Kiko, a loja de maquilhagem, levei cinquenta encontrões até ao momento da saída. Nem as lojas de marcas mais caras ficaram às moscas.

 

Apesar de toda a confusão de gente no início dos saldos prefiro ir logo nos primeiros dias aos grandes shoppings, ainda há muita escolha e eu gosto mesmo é de ver variedade. Raramente fico fixada nalguma peça em especial que andei a namorar até esta altura, porque logo nas primeiras horas de descontos pode esgotar. A minha primeira ida aos saldos foi bastante produtiva. Não comprei um, nem dois, mas três pares de jeans na Tiffosi, por vinte euros cada, foi mesmo de aproveitar. Já estou habituada à marca, é sempre uma das minhas lojas preferidas para jeans, o material é bom, gosto do design e vestem sempre muito bem. Nos saldos há muita, mesmo muita variedade por onde escolher em vez de ficar presa ao que havia em promoção. Escolhi três mdelos bem distintos, um par de uma ganga bem escura, outro de ganga manchada de dois tons de azul bastante parecidos, não era nada muito contrastante e o último modelo ligeiramente desbotado nas coxas. Na Salsa comprei uma camisola de malha. A perfumes e companhia também tem ótimas promoções, a minha mãe aproveitou para comprar dois perfumes para as aniversariantes de janeiro da família, um Calvin Klein e um Tous.  

 

Ainda não encontrei o cachecol ou lenço que pretendia, estive muito perto e depois apanhei uma grande deceção. Estava na Parfois, estranhamente, quase vazia, quando vi um lenço bem quentinho em tons de azul, aquele que fica mesmo bem em ganga. Na minha mão senti o tecido mas também a dimensão, achei que talvez fosse um pouco grande e pousei-o. Nem meia volta depois à pequena loja e fiquei pasma por ver que o lenço tinha desaparecido num estalar de dedos, não o vi na mão ninguém nem na caixa para pagamento. Para outra vez também ficam os botins porque nada me cativou muito.

 

Ainda há muito tempo para aproveitar os saldos, agora nas lojas mais pequenas, de comércio local que também têm verdadeiras pérolas escondidas.

 

Não resisti

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O Natal mal acabou, até ontem na mesa dos doces ainda restavam as sobras dos últimos dias. Ainda estamos na época festiva, o ano novo também é sinónimo de mesa cheia, por isso, mesmo quando devia aproveitar estes dias para acalmar nos pecados alimentares não consigo dar umas tréguas ao meu organismo. Vá lá, como podia se no Porto em todos os locais de restauração há francesinhas. Foi no concorrido e afamado Santiago que me deliciei. Comi neste pequeno espaço uma francesinha o ano passado e adorei, se é a melhor do Porto não sei, mas que é muito boa lá isso é, o pão é torrado e bem recheado com salsicha e linguiça fresca, fiambre, mortadela, um bife fino e tenro ainda rosado, no topo da composição um ovo estrelado com a gema ainda líquida, aconchegado pelas fatias de queijo. E o molho, espesso, um pouco picante e muito saboroso, é mesmo um segredo muito bem guardado que dava tudo para saber oitenta por cento da receita. O menos bom são as batatas fritas um pouco moles, mas de resto 5*. Fotos da especialidade não há, porque quando me lembrei já tinha devorado meia francesinha.

 

O almoço estava ótimo, fiquei mesmo muito saciada, mas o meu estômago guarda sempre um lugar para mais um docinho. Não foi planeado, mas passei pela Amorino e senti os meu ser a iluminar-se todo como uma árvore de Natal. Sou pessoa para comer gelados o ano todo e nunca os recuso, então se forem artesanais como neste caso não resisto mesmo, os sabores são muito mais intensos. E não nos podemos esquecer que os olhos também comem e estes gelados são moldados em lindas flores. Um centro de chocolate, protegido por pétalas de doce de leite e tiramisù. 

 

Foi um dia para esquecer, sou mesmo uma gulosa sem remédio.

Saldos aqui vou eu

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Raramente espero pelos saldos para comprar coisas que me fazem mesmo falta, só se for uma peça pouco essencial, mas que componha o meu guarda roupa, ou aquele item que tinha debaixo de olho mas não era assim tão barato e seria muito porreiro de apanhar em saldos. Este ano preciso mesmo de encontrar uns jeans, mais uma camisola de malha porque sou muito friorenta e continuo necessitada e uns botins azuis. Se gostar mesmo muito e o preço for quase uma loucura vou comprar um lenço de malha grossa ou com cachecol. As peças que me aquecem o pescoço nestes dias frios têm sido surrupiados da minha mãe, meu não tenho nada, sou muito exigente, tem que ter cor que conjugue com diferentes looks, se tiver padrão que seja um que não me enjoe passado pouco tempo, se for cachecol o entrançado da malha deve ser um bocadinho rebuscado. Amanhã vou ao Porto ver o que os saldos me reservam, já espero enfrentar uma enchente de gente agora que os pecados gastronómicos já foram, na maioria, desgastados.